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Incompleto

Venho embalada da missa de quarta-feira de cinzas, da mensagem que auto-controlo e importante. Que saber sacrificar vontdes instantaneas por beneficios a longo prazo nao e viver uma vida chata: e viver uma vida estrategica. Como um jogo de tabuleiro - jogos de tabuleiro continuam a ser fantasticas e muy utilizadas metaforas para a vida. (E talvez tambem um sinal de que preciso de diversificar os meus interesses...) Venho mais em paz com a ideia do perdao repetido. Podera ser nao uma formula oca, nao uma estranha fixacao com bater no ceguinho, mas uma oportunidade para mudar convicoes embutidas. Para admitir que se deixaram passar boas oportunidades, que os habitos que formamos sao muitas vezes fraquinhos, mas que vale a pena voltar a tentar. Tantas vezes me pergunto como fazer aparecer motivacao. Talvez reforcar esta convicao ajude. E pena os pensamentos serem tantas vezes tao fugidios. Gostava de os poder agarrar, de carimbar bem fundo a visao e as sensacoes que eles me trazem: de con
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A forma do Mundo

Gostava de me ter apercebido antes que ter um pensamento positivo, saber ignorar palermices sem me deixar ir abaixo, pensar bem de mim mesmo quando uma voz interna e persistente me apresenta uma interpretacao mais negativa da realidade, que todos estes sao requisitos fundamentais para a vida e o trabalho. Sinto-me mal equipada. Investi tanto no meu inteleto, nos meus valores, num cardapio de formas para comunicar, e faltou-me conquistar esta forca interna! Afinal alguns desses investimentos foram em vao para o mundo em que me encontro. A auto-confianca (excessiva?) triunfa sempre sobre os valores, a profundidade, as formas de comunicar. A estrategia financeira sempre, sempre sobre o valor intrinseco do que se faz. Nao sei onde encontrei esta tabua, mas agarro-me a ela com forca: eles e que estao errados. Nao de uma forma arrogante ou delisgada dos outros (do estilo "Os bons vi sempre passar/No Mundo graves tormentos..."), mas como uma pequena ilha da tal auto-confianca que me
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"Portaste-te muito mal hoje."

E o que diz um pai a uma crianca, talvez? Nao o que diz um marido a mulher sem requintes sinistros. O tom paternalista da expressao enjoa. "Fiquei triste com o que fizeste.", "Acho que procedeste mal.", "Magoaste-me." ... Nah. Mais vale expressarmo-nos de uma forma que mostra quem manda aqui. Se arranjasse uma nanny ou assim que me ajudasse, nao precisava dele. Ele irrita-me profundamente. Muito profundamente. Podia ser pateta, podia ser exigente com as outras pessoas. A combinacao de exigente com as outras pessoas e estupido e que nao da. Porque e que eu nao consigo impor limites? Assim nao da para proceder e pronto? Fico sempre a tentar ver a mesma historia de outra perspetiva, a tentar nao magoar ninguem. Estou farta do boicote aos meus amigos. Farta dos ciumes que ele certamente tem de mim. E uma pessoa sem bom senso, sem empatia, sem delicadeza. Que tenta impor-se com queixinhas de que passamos demasiado tempo em Lisboa, ou cortes de cabelo forcados q
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Inquietude e sono

Tantas emocoes, tantos impulsos, um pouco de cansaco: que grande misturada. Um dia em que, por  qualquer motivo, o meu mote parece-me ser "take it easy". Tenho que rever o paper do Chris, continuar o das PINNs, fazer mais candidaturas, mas ... take it easy. Parece que quero prioritizar manter-me alerta e com emocoes positivas, em vez de mergulhar de cabeca em tarefas menos recompensantes. Tanto que quero fazer e simultaneamente tao pouca energia. Esvai-se toda em tarefas corriqueiras, em decisoes sobre jantares, em arrumacoes e outras logisticas semelhantes. Consumir e facil, produzir, dificil, porque? Que sono...
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Desafios

Tanto turbilhao interior, tanta apatia exterior... Tenho vontade de fazer coisas novas, diferentes, boas. De ser generosa comigo, minimizar as coisas menos boas (que ja passaram), olhar as menos boas como um desafio, uma oportunidade para tentar coisas novas e aprender. Mudar o que esta sob o meu controle, mesmo que demore e seja preciso creatividade. O esforco nao me assusta. Assusta-me, de certa forma, pensar que precisaria de ter confianca durante um tempo prolongado. E de usar de muita creatividade em varias circunstancias... Hmm, esta a parecer-me tudo muito bem. Vou tirar ferias hoje. Tratar dos emails administrativos (suspiro) e depois atacar o paper das PINNs! Acabar o que comecei. Fazer coisas giras com que aprendo. Sorrir.
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Mais um dia

A Vanessa quase me estragou esta historia ontem. Nem sei explicar porque... Como se destruisse o encanto um pouco subrepticio de escrever aqui. Mas ca continuo. Cansada mais uma vez. Talvez por passar tanto tempo a tentar descobrir fontes de motivacao. Tenho de me lembrar de estou eu em controlo do meu destino e fazer o que acho melhor. E ter confianca.
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Cansaco

E a sensacao predominante que tenho... Por andar a comer pouco e fazer muito exercicio? Talvez. Tambem talvez porque me sinta mais calma e me apeteca descansar de todo o stress de longos meses. Continuo a procurar o banho. Lembrando-me de respirar fundo, de pensar nos pontos positivos, em planos bons (posso quase fazer o que quiser durante as horas de trabalho!), de como desafios nos fazem aprender mais, ganhar coragem e resiliencia. Menciono agora outra coisa para alem de vacilantes afirmacoes positivas. Gostei de uma das frases que retive ontem do In Our Time sobre etica aristoteliana. Nas minhas proprias palavras: primeiro dominar a etica, para depois agir politicamente. Como se ambas fossem um caminho para as virtudes aparecerem no Mundo. Tenho de fazer mais politica. Ha tanto que fazemos porque nos e imposto pela sociedade. Parte da atracao e conveniencia, a outra e pressao social. O terceiro fator e a falta de incentivos (e tempo e energia) para tentar algo diferente. Talvez isso
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